Do seu ventre, o meu jardim
O paraíso dessa vez tem nome
eu vou amar antes de existir
E o fogo queima e me consome
Eu não vejo, sou cego
Não falo, sou covarde
O silêncio não tem eco
E o fogo queima, mas não arde
Se eu pudesse te mataria
e essa saudade teria sentido
E esse meu drama, seria o meu castigo
A culpa é minha, mas eu te culparia
Eu vou te dar o mais belo
daqueles espinhos
que protegem aquela flor
contra o silêncio
do teu olhar
de rancor
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